APOIO/PATROCÍNIOS

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sexta-feira, 22 de junho de 2007

Chris Legh Cai Por Terra

Também em 1997, no Ironman do Havai, Chris Legh, um dos melhores Ironman's de sempre, pouco antes da luta de gatas entre Sian Welch e Wendy Ingraham, cai a cerca de 50 metros da meta, não conseguindo concluir a prova. É levado imediatamente para o hospital, onde lhe é retirado um metro de intestino.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

A luta de Sian Welch e Wendy Ingraham no Ironman do Havai em 1997

Mais um surpreendente video, onde se pode ver perfeitamente, o que é levar o corpo ao limite - isto é Ironman. Sian Welch e Wendy Ingraham, no Ironman do Havai de 1997 debatem-se numa luta, sem quaisquer recursos energéticos e com uma catálise muscular altamente adiantada. Regressam a um estado de infância onde mais parecem aprender a andar.
Interessa chegar ao fim/ganhar, nem que para isso tenha de ser de gatas.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

O 14º Ironman de Carlos Conceição

No passado dia 27 de Maio realizou-se mais uma edição do Ironman de Florianópolis, entre 1263 atletas em prova encontrava-se Carlos Conceição, para tentar realizar mais um Ironman.
Abaixo se transcreve o seu relato da prova, onde se pode verificar, que cumprir tal tarefa, não significa só pretender acabar, mas também saber gerir todas as dificuldades para o conseguir. Carlos Conceição, com toda a sua experiência soube racionar o seu esforço, para superar todos os obstáculos.
São estes relatos que nos ensinam.

Ao Carlos, os meus parabéns por mais este feito e auguro-lhe os maiores sucessos desportivos.


Relato
O Ironman do Brasil é única classificatória da América Latina para o Ironman do Havaí. Foram distribuídas 50 vagas para o Havaí. Participaram 1.263 atletas de 37 países.

Este ano resolvi treinar de modo diferente. Resolvi treinar mais com os amigos e me desgastar menos mentalmente em treinos longos e solitários. Como meus amigos começaram a treinar mais cedo do que eu costumo treinar, acabei fazendo mais treinos longos do que nos outros anos. Foram uns três meses de muito treino e muitas risadas. A única coisa que me preocupava é que estava fazendo muitas vezes o ritmo dos meus amigos e não o meu, mas a companhia estava muito agradável. Após algumas natações de 3.000m, uma meia dúzia de 3.500m, uma de 4.000m, uns três pedais de 120km, dois de 140km, dois de 160km, um de 180km, duas corridas de 28km e duas corridas de 30km o trabalho para o ironman já estava feito e somente restava fazer o polimento na semana da prova e ir para o dia tão esperado.

Chegando em Florianópolis deu para perceber que era um dos anos mais frios e isto não me agradava muito, porque não ando bem em provas frias. Com o frio dói minha lombar e não fico muito animado sem o calor do sol, para me dar energia. Dois dias antes da prova nadei no mar sem roupa de borracha. A água estava fria, porém suportável. Ainda acreditei que no dia da prova iria esquentar. Mesmo assim pela primeira vez deixei reservado roupa de frio para pedalar e correr e ainda bem que fiz isto, porque realmente ficou frio durante a competição e até alguns pingos de chuva caíram.

O dia do Ironman é um dia mágico, inclusive este ironman acontece na Ilha de Florianópolis, que é chamada a ilha da magia. Antes do amanhecer estavam todos os atletas se preparando para a tão esperada largada. Uns corriam, outros abraçavam seus entes queridos e outros completamente concentrados. O sol surgiu com sua energia, mostrando que existe um ser superior que criou tudo em plena harmonia. Dado a largada, muitos corpos se debatendo na água em busca de uma ótima colocação.

Sai da água no tempo esperado, mas infelizmente não era meu dia de competição. Logo no km10 do ciclismo um raio da minha roda dianteira quebrou e como era uma roda de apenas 12 raios, a roda ficou muito torta e a única coisa que pude fazer foi soltar totalmente o freio para não ficar batendo. Em seguida por causa da friagem, minha lombar começou a doer muito e tive que pedalar administrando a dor e aproveitando os momento que a dor diminuía para pedalar um pouco mais forte. Administrei o pedal e sai para correr forte como o esperado, porém minha lombar voltou a doer e durante as subidas não conseguia erguer as costas e tive que pela primeira vez caminhar na maratona do ironman. Muitos atletas que me conheciam passavam por mim, perguntado o que estava acontecendo, porque sabiam que eu corria bem e estava caminhando. Agradecia o apoio e voltava a correr mantendo o espírito ironman e sabendo que cruzar a linha de chegada seria a grande vitória.

Após nadar 3.800m, pedalar 180km e correr 42,195m cruzei a linha de chegada com 10:29´. Longe de ser meu melhor ironman e de pegar a vaga para o Havaí, mas completei meu 14 ironman com muito orgulho. Fiquei em 27 dos mais de 200 atletas na minha categoria e 207 no geral.

Sempre falo que no ironman existem quatro vitórias. A primeira é conseguir treinar as longas distâncias. A segunda vitória é cruzar a linha de chegada. A terceira é conseguir a vaga para o Havaí. A quarta é lógico que é ganhar a prova.

Também falo que existe o atleta e o competidor. O atleta é aquele que cruza a linha de chegada não importando a colocação e estará ali, ano após ano, com a satisfação de estar com saúde, de poder completar mais um desafio na sua vida. O competidor é aquele que sempre quer ganhar e se isto nem sempre é possível acaba sendo mais um que desiste.

By Carlos Paiva