APOIO/PATROCÍNIOS

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terça-feira, 25 de julho de 2023

PROVA ADIADA PELA 2ª VEZ

Depois de em 2022, por causa dos constrangimentos provocados pela pandemia COVID19, ter adiado o Ironman Extreme dos Himalaias, Himalayan Xtri, e ver a inscrição adiada para este ano, tive de forçosamente voltar a cancelar mais este objectivo, devido ao facto de duas semanas antes, ter fracturado o escafóide da mão. Passados mais de 3 meses deste incidente, as coisas estão melhores, mas ainda com alguns cuidados na recuperação.

Por opção não quis ser operado e optei por fugir ao protocolo e não meti gesso, optei pelo método mais conservador com tala por um período de dois meses, após o qual iniciei fisioterapia, e lentamente a coisa vai recuperando. A mobilidade custa a voltar, oxalá não fique comprometida. Vamos com calma.




BIKE FIT PRÉ-COMPRA

 Por intermédio do meu treinador Paulo Conde, da Academia de Triatlo Ironconde, fui há dias ao Laboratório Orbis Lab (facebook) onde embarquei numa experiência verdadeiramente singular: fazer um estudo biomecânico dedicado a uma bike, e não podia deixar de partilhar convosco esta vivência. Ressalto que tal estudo é inédito em Portugal o que, por si só, conferiu à ocasião um caráter excepcional.

O Doutor Nuno Gama é o proprietário da Orbis Lab, tem duas licenciaturas, uma em desporto pela Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa, e outra em engenharia em Londres, e ainda um mestrado e um doutoramento, ambos em neurociências. Profissionalmente deu aulas em Inglaterra, faz investigação nestas áreas, e «(…) é o diretor da comissão cientifica para o IBFI, o único instituto internacional dedicado à formação de bike fitters, e lidera uma equipa de excelência (a maioria com doutoramentos, como o Dr. Gama) composta pelo Dr Borut Fonda (o cientista biomecânico do Tadej Pogacar, Dr. Barney Wainwright (diretor do departamento de desenvolvimento da Boardman), Chris Balser (um dos melhores e mais antigos fitters do mundo), Dr. Geoffrey Millour (um dos cientistas de biomecânica do ciclismo mais proeminentes no mundo), Dra. Wendy Holliday, entre outros.». Tamanha experiência e conhecimento, no entanto, não suprimem a simplicidade que lhe é peculiar, sempre acessível nos seus esforços para compreender as nossas dúvidas e fornecer respostas esclarecedoras.

Em seguida, meticulosamente, tirou as medidas de minha velhinha Orbea, apenas para saber como é que eu tenho andado. Durante agradáveis diálogos, discutimos alguns aspectos e delineamos os próximos passos da nossa jornada.

Do que pude constatar, a avaliação do Doutor Nuno Gama assenta em três fundamentos: avaliação subjectiva (avaliação com base no sentir do ciclista), avaliação teórica, (pautada pelos seus vastos conhecimentos), mas também uma avaliação embasada na sua própria experiência, adquirida ao longo de anos de imersão no mundo da biomecânica.

É imprescindível mencionar o algoritmo singular que ele desenvolveu, segundo ele, único no mundo, que lhe permite aferir com rigor e com facilidade, todas as métricas necessárias para análise da biomecânica do par bike-ciclista. O trabalho dele centra-se numa primeira fase, fundamentalmente por patamares de conforto versus desconforto, que varia entre um máximo e um mínimo suportável pelo ciclista, para por fim, aferir as sensações do ciclista em diversos contextos, até atingir o ponto ideal de conforto versus performance. Constatei, que esta análise detinha-se em considerações pré-compra, embora acredite que o seu protocolo permanecerá substancialmente inalterado em outras circunstâncias.

Um aspecto adicional e notável da experiência foi o teste de selins (ele tem 100 selins de marcas e modelos diferentes), onde tive a oportunidade de experimentar modelos totalmente distintos de forma comparativa, num jogo de “bota fora” até chegar aos 5 melhores. A partir deste ponto, submeti-me a rigorosas avaliações individuais até finalmente eleger o selim perfeito. Cumpre mencionar que entre os cinco seleccionados, um mostrava-se particularmente confortável, contudo, notei que, em descidas com inclinação de -10o, esse selim exercia uma pressão indesejada, o que prontamente foi excluído da lista de opções.

O Doutor Nuno Gama realiza apenas uma única avaliação por dia, o que atesta a sua dedicação plena e cuidado irrestrito para com seus clientes.

As horas que compartilhei com ele foram verdadeiramente enriquecedoras, e considero o encontro com esse notável profissional uma experiência inestimável. Quando tiver a minha bicicleta retornarei ao laboratório para os ajustes finais, confiante de que o resultado alcançará a excelência desejada.











terça-feira, 26 de novembro de 2019

JANOSIK EXTREME TRIATHLON

Após o insucesso do Janosik 2018 por uma "unha negra", surgiu a vontade de voltar.

Inscrição feita!

Agora, muitos meses pela frente de duro trabalho, para no dia 5 de Setembro subir ao estrelado 🤣🤣🤣💪💪💪🤣🤣🤣

Para isso, eu e o Mister Paulo Conde da Ironconde Academy, que me vai uma vez mais acompanhar na prova, vamos participar no Louzantrail, uma das míticas e duras provas da serra da Lousã no dia 8 de Março.

Agradeço ao Louzantrail, na pessoa do Hugo Rodrigues, o convite para a nossa participação.

https://louzantrail.com



domingo, 1 de setembro de 2019

RELATO JANOSIK EXTREME TRIATHLON 2018


Juraj Jánošík, escultura, Janosik (Eslováquia)

Faz hoje um ano que participei no Janosik Extreme Triathlon, prova inserida no circuito dos ironman’s extreme. Na ocasião nada publiquei sobre a minha prestação e resultados da mesma, na verdade, teve um sabor amargo.
Nunca até aquele dia eu tinha desistido numa prova, fosse ela de remo, corrida, ou triatlo, mas pela primeira vez aconteceu.
Um ano depois vou tentar resumir a minha vivência em mais uma fantástica prova.
Janosik começa à meia-noite e portanto, a natação e a maioria do segmento de ciclismo são feitos de noite, o que de resto é muito desafiante e esta foi uma das razões que me levou a alinhar nesta prova.

Natação
Entro na água, dá-se o tiro de partida e lá vou eu, nos momentos iniciais alguma confusão, algum desconforto devido à visão reduzida, mas engreno no meu ritmo. Entretanto, isolo-me, e levanto a cabeça, olho para a frente e para trás e não vejo ninguém, não tinha qualquer noção da minha posição, não conseguia ver nada, nem tampouco ouvia o bracejar dos outros atletas. Isto deixou-me verdadeiramente confuso, porém, eu estava a manter o percurso certo, e aquela sensação só se podia dever ao breu da noite.
Saio da água com 01:19h o que para mim é muito tempo, mas ainda assim correspondeu a um 14º lugar. Assim que ponho os pés no chão e começo a correr para o parque, dou uma valente topada no chão com um dedo, agachei-me toquei no dedo e percebi logo que ali havia coisa. Desvalorizei no momento, equipei-me, pego na bike e saio do parque.



Eu e Mister Conde no check-in


Ciclismo
Comecei a bike com algum cansaço, mesmo assim fui mantendo sempre um ritmo razoável, o dedo estava quieto no sapato pelo que, embora a doer, consegui ter algum conforto para pedalar. Este segmento não é de todo fácil, desde logo porque se pedala de noite e existe redobrada atenção, mas também porque existem muitas pendentes de 12% de inclinação e uma de 17%.
Tomo um brufen 600 que não teve qualquer impacto nas dores. Recupero dois lugares e subo para 12º da geral, entro no parque de transição o Paulo Conde (Ironconde) que era o meu suporte na prova já lá estava à minha espera, e começo a preparar-me para correr. Retiro o sapato e pela primeira vez olho para o meu pé, tinha o dedo muito inchado, e claro, não o conseguia mexer. Tomo novo Brufen 600.
A pergunta que se impôs naquele momento foi: como vou neste estado correr 42 kms em trail? Calcei-me, e parti com o Mister Conde para 42 kms de trail.

2ª transição

Corrida
A partir daqui foi o massacre total. A coxear fui palmilhando alguns kms em puro trail altamente agressivo. As dores obrigavam-me a compensar com a outra perna. Ao km 15 tomo dois Tramadol. Para quem não está habituado a medicação, estava a ter a sua boa dose de químicos.
Passados uns 20 minutos comecei a sentir tonturas, entretanto normalizou e continuei.


Ao km 25 paro num posto de abastecimento e como coisas estranhas, e bebo uma cola que parecia ter sido envenenada, ainda assim, na falta de melhor, atestei o camelback. Na verdade teria sido preferível água porque ainda hoje tenho aquele sabor na cabeça. Eu e o Mister Conde lá continuamos e quando chego por volta do km 27, começo a sentir perder tudo, a sensação foi tão semelhante à do “homem da marreta” que me convenci de que estava totalmente vazio de tudo. Deixei de conseguir correr e só estava bem deitado de tão exausto que me sentia. 



Levantava-me e logo de seguida sentava-me, fui assim durante algum tempo. Entretanto paro, e vomito tudo o que tinha no estômago, ficámos uns minutos parados para ver se conseguia recuperar alguma coisa. Neste tempo perdido fomos passados por alguns atletas, neste momento percebi logo que a coisa não ia acabar muito bem.
Decido voltar a andar e começo a rejuvenescer, ter vomitado aliviou-me imenso, e estava quase a sentir-me como novo, o que foi francamente estranho. Afinal não tinha batido no muro! J
Nesta ocasião já o Mister Conde carregava a minha mochila o que foi um grande alívio para mim. É nestes momentos que se percebe o porquê da obrigatoriedade de apoio neste tipo de provas – Obrigado Mister. Mas também um obrigado à Alexandra que deu sempre todo o apoio.
Continuamos, e só subíamos e descíamos. Escadas, correntes, pendentes absurdas, uma doideira.
Estava desejoso de chegar ao km 32 e finalmente conseguimos. Aqui havia um novo abastecimento onde eu esperava poder hidratar e comer, todavia, qual não foi o meu espanto quando verifico que não conseguia ingerir nada, o organismo estava a defender-se, mas de quê? O que se terá passado? Porque vomitei? Tive uma paragem de digestão? Foi todo aquele cocktail de medicação que tomei que me deixou naquele estado? Provavelmente terá sido um pouco de tudo. Mas assustei-me porque não sabia se estava a sofrer um mal maior, uma falência do rim ou fígado, situações não tão raras quanto se pode pensar.
Ao km 32 já levava 16 horas de prova, faltavam 8 kms para o fim, e após conversa com o Mister decidimos abandonar a prova. Aqueles 8 kms iriam consumir-me entre 2 a 3 horas para os fazer o que seria demasiado para o meu estado de saúde periclitante. Não foi fácil desistir pela primeira vez numa prova, mas foi sensato. Antes do prazer das provas prezo a minha saúde e esta é a máxima a ter em conta sempre.
Informo a organização que vou desistir e que não consigo regressar a pé, conversam entre eles e dizem que não têm lugar no jipe para mim, indicam-me o caminho de regresso e lá fomos nós mais uns kms sempre a descer em trail. Assistência péssima e muito longe de outras provas. Chego à base peço apoio, entretanto vem uma ambulância, metem-me a soro, e vou recuperando.

A levar soro na ambulância

Regresso ao meu alojamento, quando tiro a sapatilha até me assustei ao ver o meu dedo grande do pé todo preto.
No dia seguinte fui ao hospital e confirmou-se uma fractura.

Fractura do dedo

Em jeito de conclusão posso dizer que adorei participar nesta prova que é de elevada exigência e agora posso dizer, que o Norseman, considerada a prova de triatlo mais dura, ao lado do Janosik não passa de um mero mito. Em todos os Ironman’s extreme ou não nós retemos coisas boas e coisas más, e efectivamente no Janosik sobressai a sua dureza.
Não ter acabado só me permitiu enriquecer as minhas vivências. Fica a dúvida sobre uma futura participação nesta prova, a ver vamos o que se avizinha em 2020.

Obrigado a todos pelo apoio.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

A 10 DIAS DE REALIZAR MAIS UM IRONMAN EXTREME - JANOSIK

Nó próximo dia 1 de Setembro irei realizar o último Ironman do ano, trata-se do Janosik - Slovak Xtreme Triathlon (Eslováquia), prova a contar para o XTRI World Tour. No universo das provas Extreme, esta diferencia-se das outras pela particularidade de começar à meia-noite, portanto, a natação e o ciclismo realizar-se-ão de noite.



sexta-feira, 20 de julho de 2018

A MENOS DE UM MÊS PARA O PRIMEIRO IRONMAN DO ANO - SWEDEMAN

Depois de uma rotura muscular nos isquiotibiais a perturbar a rotina dos treinos, estou de novo a treinar com normalidade. A menos de um mês do Swedeman Extreme Triathlon, eis que os treinos atingem o pico de volume, já neste fim-de-semana com uma voltinha domingueira de 210 kms.


VOLTINHA RELAXANTE COM SABOR A ALCATRÃO

Hoje, após meros 700 metros, sofri uma ligeira queda, que felizmente não causou danos maiores para além de escoriações e material arranhado.

Ossos do ofício que nos faz sempre pensar na vida de qualquer ciclista profissional.