APOIO/PATROCÍNIOS

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domingo, 11 de novembro de 2007

LESÃO IMPEDE-ME DE TREINAR

O desporto é bom ou mau?

O problema só se coloca se o pensarmos em termos de competição, de facto, todo o desporto que pretende melhorias de objectivos de tempo é prejudicial à saúde (exclui-se o xadrez?), esta é pelo menos a minha opinião.

Desde o início da preparação para o meu primeiro Ironman em janeiro, que tenho vindo a tropeçar em problemas fisícos. Todos sabem, que a preparação para um Ironman requer um esforço acrescido em termos de volume de treino e isso pode se rprejudicial, se não se tiver uma preparação anterior adequada. Suponho que seja esse o meu caso. O objectivo era fazer um Ironman em 2007 e para cumprir tal tarefa, seria necesário a observância de determinados factores, onde entre eles, encontramos a adaptação física anterior, para grandes volumes de treino. Até ao inico da preparação para o Ironman, apenas tinha feito 1 meio Ironman em 2005 (II triatlo longo do Zêzere), outro em 2006 (Idanha) e 2 maratonas de Lisboa em 2004 e 2006, para além das diversas meias maratonas e provas curtas de triatlo.
Se é verdade, que é substancialmente pouco para quem almeja realizar a tarefa de concluir um Ironman, ficam a comprová-lo as enormes dificuldades físicas e consequentemente psicológicas que daí advieram.

Durante toda a preparação tive problemas fisícos, fossem eles de ordem miológica ou ligamentar. Problemas esses, que acarretavam quebras nos treinos e me obrigavam a ausentar-me por períodos de tempo, que por vezes, embora curtos eram fundamentais na prossecução dos treinos e na melhoria dos resultados fisiológicos. No sentido de evitar hiatos no calendário de treino, incorre-se por vezes num erro, mas que em algumas circunstâncias é inevitável, ou seja obrigar o corpo, ainda que lesionado, a trabalhar. Tal situação, se por um lado afasta o corpo do ócio desportivo, por outro pode piorar a situação ou mesmo inviabilizar as pretensões desejadas.
Apesar das sucessivas lesões consegui realizar a prova, mas não poderei deixar de frisar, que não foi livre de problemas fisícos, visto que a corrida foi feita sobre um problema no pé que se vinha arrastando há uns meses (e que a esta data ainda não está completamente resolvido).
Finda a prova e duas semanas depois de um bom repouso, havia que voltar "à carga", para começar a preparar as provas nacionais. A prova seguinte seria pois o "sprint" da Raiva. É uma prova que se revela por alguma exigência na bicicleta, visto que no seu percurso apresenta-se um traçado com acentuado desnível. A sua preparação deveria ser pois, o mais aproximado à prova, pelo que insisti nos treinos com subidas à Serra da Boa Viagem (Figueira da Foz).
Tenho por hábito fazer sempre sessão de estiramento antes e depois de cada treino. E em determinado dia, ao realizar estiramento (pós treino) do quadricípite (grande músculo exterior da perna), surgiu-me ao nível do joelho esquerdo uma lesão, tipo bloqueio, que me impediu imediatamente de o concluir. Após esse dia, não voltei a praticar a modalidade, porque a lesão é limitativa. Vários exames de diagnóstico foram feitos, sem no entanto serem minimamente conclusivos. tanto RX como ecografia, não detectam nada, pelo que neste momento aguardo que o nosso fantástico Serviço Nacional de Saúde, me marque uma consulta de ortopedia, para poder averiguar ao certo que tipo de lesão se trata. Até lá, "descansa corpinho". Ao ritmo que correm as coisas, parece que será para durar.

No meio de tudo isto surge uma dúvida: será o estiramento prejudicial, no contexto da preparação desportiva? Algumas opiniões minoritárias indicam que sim. Afinal, estamos a estirar algo que acabou se ser submetido a esforço e está cansado, enfraquecido portanto.
Uma coisa é certa, da minha parte terei de repensar o modo de preparação física, se pretender fazer triatlo com prazer.